O meu primeiro contato com a Pedagogia Waldorf foi através de famílias que os filhos já frequentavam a escola. Passei a ler, me informar através da internet e de textos enviados pela escola. Fui me encantando, mas eu achava muito diferente e fiquei receosa. Até que algumas angústias importantes, como a falta de arte e música, a falta de tempo para brincar, o excesso de tarefas extraclasse, o excesso de conteúdo na pedagogia tradicional me levaram a experimentar o diferente. E foi maravilhoso, superou todas as minhas expectativas! Minha filha agora aprende com alegria, vive o que aprende, porque faz sentido e tem um significado, é um aprendizado para o resto da vida! O que mais me chamou a atenção, foi a metodologia de ensino através de épocas! O professor trabalha, por ex.: português durante três ou quatro semanas, aprofundando o conteúdo, dando continuidade e tirando dúvidas, percebendo individualmente o aprendizado da turma. Não é somente decorar, fazer prova, aquela pressão de ter que dar conta. Outro ponto marcante na minha filha, foi a percepção de como ela absorveu tão bem toda atividade artística da escola: violino, flauta, coral, orquestra, aquarela, desenho, trabalhos manuais, modelagem, pintura, marcenaria, etc… Hoje entendo como essas atividades se encaixam perfeitamente na atividade intelectual. Como é terapêutico e “curativo” a presença no currículo! Passei a estudar mais sobre pedagogia Waldorf e Antroposofia e participar intensamente da vida escolar da minha filha. Vi o quanto é importante a participação dos pais e da comunidade junto ao corpo pedagógico de uma escola. Me sinto contribuindo na construção de um mundo melhor para todos. Eu vivencio e pratico a fraternidade econômica e social através da educação e da autoeducação. Essa mudança de escola me trouxe esperança, uma visão menos materialista de mundo!
Depoimento colhido na pesquisa “Por que sua família escolheu a Escola Ipê Amarelo?”