Ipê Amarelo celebra 100 anos da pedagogia Waldorf


Agir localmente para impactar globalmente é o chamado
para as comemorações ao redor do mundo.

A primeira escola Waldorf foi fundada em 1919, na cidade de Stuttgart, na Alemanha. Hoje, são mais de 1.100 escolas Waldorf de Fundamental e Médio e quase 2.000 jardins de infância orientados pela pedagogia, espalhados por 80 países ao redor do planeta. Consciente de seu impacto
global, a comunidade Waldorf fez da celebração dos 100 anos da pedagogia um chamado para a ação local. O tema central escolhido foi Abelhas e Árvores, pois quando as abelhas estão bem, nós, seres humanos, também estamos.

Edith Pfau e Abílio Gouveia são professores de música na Escola Ipê Amarelo e também são apicultores. Eles foram responsáveis por realizaremo Dia da Abelha, quando apresentaram para as crianças a espécie jataí, uma abelha sem ferrão, muito útil na polinização, principalmente, de plantas nativas do Cerrado. As crianças conheceram a organização da colmeia e experimentaram o mel direto da fonte. Edith e Abílio apresentaram ainda uma proposta de Meliponário de Abelhas Nativas Sem Ferrão, que já está em construção. As primeiras casinhas feitas de madeira foram contribuição do Eduardo Albuquerque, pai de aluna da Ipê Amarelo, e coube aos alunos do Fundamental, nas aulas de modelagem com o professor Humberto Inchausti, fazerem de argila novas casinhas para as abelhas.

Produção de casinha de abelhas para o Meliponário.

No dia 19 de setembro de 2019, data em que se comemorou os 100 anos do primeiro dia de aula na escola de origem da pedagogia Waldorf, cada turma da Escola Ipê Amarelo plantou uma árvore frutífera no canteiro central da avenida das Magnólias. Esse canteiro foi adotado pela Escola para manutenção e cuidado. Mudas de mexerica, uvaia e cabeludinha são regadas diariamente pelas crianças da Ipê Amarelo.

Festa da Primavera

No sábado, 21 de setembro, início da Primavera, a comunidade escolar se reuniu para celebrar os 100 anos da pedagogia Waldorf e a chegada da nova estação. Flores enfeitaram cabeças grandes e miúdas, carecas e cabeludas e muitas frutas coloriram a mesa do farto lanche coletivo.

Além da instalação das casas de abelhas de madeira e do plantio de mudas frutíferas, o encontro foi marcado pela apresentação da Orquestra da escola, com as canções folclóricas “Passa passa Gavião” e “Lançai um sorriso no ar” e, ainda, “Canon”, de Henry Purcell, e “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. A Orquestra contou com a participação de crianças das turmas de
3º, 4º, 5º e 6º anos da Escola.

O espetáculo foi uma prévia da estreia da Orquestra Ipê Amarelo para toda a cidade, em apresentação na Feira de Artesanato na orla da Lagoa Central, como parte do X Festival de Cultura Regional de Lagoa Santa, no domingo, 22 de setembro. As turmas de 5º e 6º anos apresentaram especialmente no Festival, com muita ternura e emoção, as obras de Marcelo Petraglia: “Vale dos Pastores”, “Calmo Regato” e “Dança dos Pássaros”; de Ludwig van Beethoven, “Ode à alegria” – arranjo a três vozes para flauta doce, também as canções populares europeias “Bella Ciau” e “Irish Blessing” e as brasileiras “Riacho do Navio”, de Luiz Gonzaga, “O trenzinho caipira”, de Heitor Villa Lobos e Ferreira Gullar, e “Vilarejo”, de Marisa Monte. A Orquestra Ipê Amarelo é composta por crianças e professores do 4º ao 6º ano da Escola e, eventualmente, pela turma do 3º ano.

Professora Talita em apresentação da Orquestra na Festa da Primavera.